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As marés de saudade

Avelino Beirão / Rodrigo
Repertõrio de Rodrigo

Torrão natal, amor semente
Que um chão alheio fortalece
Amor fatal, amor presente
Que o pão suado amadurece

Ó terra-mãe, dormir em teu regaço
Foi quanto eu quis, e não destino assim
De ter de ser eterno peregrino
Deixando aqui e além, partes de mim

Não sei dizer como aprendi
O meu viver ao teu compasso
A minha voz brota de ti
E cada verso meu, é um abraço

Aqui estou, fiel como as marés
Navego em mar que se chama saudade
Ó mar sem fim de sonhos e galés
No meu cantar vai minha identidade