Repertório de Ercília Costa
Letra publicada no jornal Guitarra de Portugal em Junho de 1939
Ó meu bairro sonhador
Onde nasci e passei minha mocidade
Tens alegria e frescor
E eu nunca esquecerei tua suavidade
Bairro de casas velhinhas
E de ardentes namorados
Onde até as andorinhas
Fazem ninhos p’los telhados
Alcântara tem a faina das oficinas
E até faz bem
Ver-se os gangas p’las esquinas
Bairro de operários
Bairro de operários
Com seus amores e quezílias
Que vivem dos seus salários
Dando a vida p’las famílias
Bairro nobre, mas modesto
De raparigas singelas e de tradições
Onde o viver é honesto
E há almas leais e belas sem ruins paixões
Que vivem dos seus salários
Dando a vida p’las famílias
Bairro nobre, mas modesto
De raparigas singelas e de tradições
Onde o viver é honesto
E há almas leais e belas sem ruins paixões
Bairro que é todo um poema
De acolhimento cortês
E que tem por seu dilema
O trabalho, a honradez
De acolhimento cortês
E que tem por seu dilema
O trabalho, a honradez