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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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Boémio poeta

Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível

Letra transcrita do livro editado pela 
Academia da Guitarra e do Fado

Boémio, poeta louco
Cantou arrastado e rouco
Com palavras mal rimadas
Esses teus versos sem brilho
São como passos sem trilho
Como rosas desfolhadas

Vagueias pelas tabernas 
A cantar quadras eterna
Cantar arrastado e rouco
Ó meu triste vagabundo 
Pelas ruelas do mundo
Boémio, poeta louco

Choras nas noites de farra 
Ante o trinar da guitarra
Mas não tens medo da fome
És famoso pelas tascas 
Pelas tabernas mais rascas
Mas ninguém sabe o teu nome

Guardas no teu coração 
A ébria recordação
Dum sorriso de mulher
E a cantar de improviso 
Enquadras esse sorriso
Numa outra cara qualquer

Não serve, fica-lhe mal 
Nunca houve outra igual
Dizes já chorando rouco
E mergulhado no tinto 
Tornas-te um vulto indistinto
Boémio, poeta louco