Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela
Academia da Guitarra e do Fado
Boémio, poeta louco
Cantou arrastado e rouco
Com palavras mal rimadas
Esses teus versos sem brilho
São como passos sem trilho
Como rosas desfolhadas
Vagueias pelas tabernas
Boémio, poeta louco
Cantou arrastado e rouco
Com palavras mal rimadas
Esses teus versos sem brilho
São como passos sem trilho
Como rosas desfolhadas
Vagueias pelas tabernas
A cantar quadras eterna
Cantar arrastado e rouco
Ó meu triste vagabundo
Ó meu triste vagabundo
Pelas ruelas do mundo
Boémio, poeta louco
Choras nas noites de farra
Boémio, poeta louco
Choras nas noites de farra
Ante o trinar da guitarra
Mas não tens medo da fome
És famoso pelas tascas
Mas não tens medo da fome
És famoso pelas tascas
Pelas tabernas mais rascas
Mas ninguém sabe o teu nome
Guardas no teu coração
Mas ninguém sabe o teu nome
Guardas no teu coração
A ébria recordação
Dum sorriso de mulher
E a cantar de improviso
Dum sorriso de mulher
E a cantar de improviso
Enquadras esse sorriso
Numa outra cara qualquer
Não serve, fica-lhe mal
Numa outra cara qualquer
Não serve, fica-lhe mal
Nunca houve outra igual
Dizes já chorando rouco
E mergulhado no tinto
Dizes já chorando rouco
E mergulhado no tinto
Tornas-te um vulto indistinto
Boémio, poeta louco
Boémio, poeta louco