Repertório de Natalino Duarte
Maria do Monte
Nascida e criada
Na encruzilhada que fica defronte
Da fonte sagrada
A lenda é antiga
A lenda é antiga
Mas há quem a conte
Que descia o monte, uma rapariga
P'ra beber na fonte
E àquela hora, por ela marcada
Que descia o monte, uma rapariga
P'ra beber na fonte
E àquela hora, por ela marcada
De noite ou de dia
O Chico da Nora, na encruzilhada
O Chico da Nora, na encruzilhada
Esperava a Maria
Seguiam depois, bem juntos os dois
Seguiam depois, bem juntos os dois
Ao longo da estrada
Matar de desejos a sede com beijos
Matar de desejos a sede com beijos
Na fonte sagrada
Mas um certo dia
Como era esperada
Mas um certo dia
Como era esperada
Na encruzilhada não veio a Maria
À hora marcada
Seus olhos divinos
Seus olhos divinos
P'ra sempre fechou
A aldeia rezou, tocaram os sinos
E a fonte secou
E àquela hora, por ela marcada
A aldeia rezou, tocaram os sinos
E a fonte secou
E àquela hora, por ela marcada
De noite ou de dia
O Chico da Nora, na encruzilhada
O Chico da Nora, na encruzilhada
Esperava a Maria
Mas oh Santo Deus, escureceram os céus
Mas oh Santo Deus, escureceram os céus
Finou-se a beldade
E diz-se no monte, que a velhinha fonte
E diz-se no monte, que a velhinha fonte
Secou de saudade