Repertório de Daniel Gouveia
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Tradicional*
O Necas, um pequeno garotinho
Correndo jovial um certo dia
Foi perguntar de manso ao seu paizinho
Como nascia o pão que ele comia
O pai, sempre pronto a responder
Às perguntas do seu filhinho amado
Desta vez começou por lhe dizer
O pão não nasce feito... é fabricado
É feito de farinha, nota bem
Extraída das espigas, meu amor
Criadas com carinho por alguém
A quem a gente chama *o lavrador*
Ele, de sol a sol cuida da terra
A terra para ele é um tesoiro
Pois é ela que dá, ela é que encerra
Essas espigas lindas, cor do oiro
Só depois de maduras, são colhidas
E depois de batidas, vão então
P’ra moinhos nos quais são reduzidas
À farinha da qual se faz o pão
Que o pão custava tanto, eu não sabia
Disse por fim, o Necas ao paizinho
Mas agora já sei, e de hoje em dia
Não estragarei sequer um bocadinho
Correndo jovial um certo dia
Foi perguntar de manso ao seu paizinho
Como nascia o pão que ele comia
O pai, sempre pronto a responder
Às perguntas do seu filhinho amado
Desta vez começou por lhe dizer
O pão não nasce feito... é fabricado
É feito de farinha, nota bem
Extraída das espigas, meu amor
Criadas com carinho por alguém
A quem a gente chama *o lavrador*
Ele, de sol a sol cuida da terra
A terra para ele é um tesoiro
Pois é ela que dá, ela é que encerra
Essas espigas lindas, cor do oiro
Só depois de maduras, são colhidas
E depois de batidas, vão então
P’ra moinhos nos quais são reduzidas
À farinha da qual se faz o pão
Que o pão custava tanto, eu não sabia
Disse por fim, o Necas ao paizinho
Mas agora já sei, e de hoje em dia
Não estragarei sequer um bocadinho