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Não digam ao fado

Letra e música de Frederico de Brito
Repertório de Carlos do Carmo
Criação de Carlos do Carmo. Registado em 1973.
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*


Não digam ao fado
Com ar de disfarce
Que é baixo, que é reles
Que não tem valia
Que aprenda ciências
Que vá doutorar-se
Que seja poeta
Mas doutra poesia

Não digam ao fado 
Que não entristeça
E apenas se alegre 
Nas provas de vinhos
Que por maus ciúmes 
Não perca a cabeça
E não ande às cegas 
Por tão maus caminhos

O fado fadista 

Tem de tudo um pouco
Tem tanto d'artista

Como tem de louco
Veste-se de novo 

À maneira antiga
É filho do povo 

E o resto é cantiga
- - -
Versão Mimi de Sousa

Não digam ao fado
Com ar de disfarce
Que é baixo, que é reles
Que não tem valia
Que aprenda ciências
Que vá doutorar-se
Que seja poeta
Mas doutra poesia

Não digam ao fado 
Que não se entristeça
E apenas se alegre 
Nas provas de vinhos
Que por maus ciúmes 
Não perca a cabeça
E não ande às cegas 
Por tão maus caminhos

O fado fadista tem de tudo um pouco
Tem tanto d'artista, c
omo tem de louco
Veste-se de novo à
 maneira antiga
É filho do povo e
 o resto é cantiga

Não digam ao fado 
Que não tem beleza
Que só é dotado 
De maus sentimentos
Na alma do pária 
Também há nobreza
Nos filhos dos pobres 
Há grandes talentos

Também não lhe digam 
Que nasceu do nada
Que deve ser neto 
Das águas correntes
Que tem o aspeto 
Duma grande estrada
Pois isso é inveja
D'alguns maus exemplos