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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os criadores dos temas aqui apresentados.
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Tenho vindo a publicar letras (de autores que já partiram) sem indicação de intérpretes ou compositores na esperança de obter informações detalhadas sobre os temas.
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Tempos antigos

Letra de Gabriel de Oliveira
Publicada a 22.04.1934 na edição Nº291 do Jornal GUITARRA de PORTUGAL
com a indicação de pertencer ao repertório de Júlio Proença e Alberto Costa
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado

Quando se usava navalha
Na Alfama e na Mouraria
Como afirmação bairrista
Servia só à canalha
Na mão falsa do rufia
Nunca nas mãos dum fadista


Na companhia de amigos
Da legião que trabalha 
A labutar todo o dia
Recordo tempos antigos
Quando se usava navalha 
Na Alfama e na Mouraria

Na lama da sociedade
Por causa duma mulher 
Dessas de fácil conquista
Havia orgulho e vaidade
Em dar um traço a qualquer 
Como afirmação bairrista

Mas essa lâmina atroz
Que um bairro inteiro abandalha 
E é brasão de cobardia
Não era usada por nós
Servia só à canalha 
Na mão falsa do rufia

O Faia não recuava
Encarando frente a frente 
Essa ralé fatalista
E se a navalha brilhava
Era nas mãos dessa gente 
Nunca nas mãos dum fadista