Canal de JOSÉ FERNANDES CASTRO apadrinhado pelo mestre RODRIGO

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AS LETRAS PUBLICADAS REFEREM A FONTE DE EXTRAÇÃO, OU SEJA: NEM SEMPRE SÃO MENCIONADOS OS LEGÍTIMOS CRIADORES
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ATINGIDO ESTE VALOR // QUE ME FAZ SENTIR HONRADO // CONTINUO, COM AMOR // A SER SERVIDOR DO FADO - - -
POIS MESMO DESAGRADANDO // A TROIANOS MALDIZENTES // OS GREGOS VÃO APOIANDO // E VÃO FICANDO CONTENTES
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Tempos antigos

Letra de Gabriel de Oliveira
Publicada a 22.04.1934 na edição Nº291 do Jornal GUITARRA de PORTUGAL
com a indicação de pertencer ao repertório de Júlio Proença e Alberto Costa
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credivel
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado

Quando se usava navalha
Na Alfama e na Mouraria
Como afirmação bairrista
Servia só à canalha
Na mão falsa do rufia
Nunca nas mãos dum fadista


Na companhia de amigos
Da legião que trabalha / A labutar todo o dia
Recordo tempos antigos
Quando se usava navalha / Na Alfama e na Mouraria

Na lama da sociedade
Por causa duma mulher / Dessas de fácil conquista
Havia orgulho e vaidade
Em dar um traço a qualquer / Como afirmação bairrista


Mas essa lâmina atroz
Que um bairro inteiro abandalha / E é brasão de cobardia
Não era usada por nós
Servia só à canalha / Na mão falsa do rufia

O Faia não recuava
Encarando frente a frente / Essa ralé fatalista
E se a navalha brilhava
Era nas mãos dessa gente / Nunca nas mãos dum fadista