Repertório de Ana Moura
Sei que os dias hão-de dar-me
A paz que eu quero
Sei que as horas hão-de ser
Sei que as horas hão-de ser
Menos pesadas
E que as noites
E que as noites
Em secreto desespero
Hão-de ser recordações
Hão-de ser recordações
Águas passadas
Sei que tudo tem um fim
Sei que tudo tem um fim
E o fim de tudo
É o tudo que me resta por viver
E o teu olhar inquieto
É o tudo que me resta por viver
E o teu olhar inquieto
Onde me iludo
É o desvio da minh’alma
É o desvio da minh’alma
A se perder
Sei que sempre que te sei
Sei que sempre que te sei
Em outros braços
Há um punhal a atravessar
Há um punhal a atravessar
Todo o meu ser
Os meus olhos
Os meus olhos
A alongarem-se num traço
São o espelho da minh’alma
São o espelho da minh’alma
A não querer ver
Sei no entanto, que há uma luz
Sei no entanto, que há uma luz
No horizonte
Que antevejo, entre lágrimas
Que antevejo, entre lágrimas
Resignadas
Que esta história
Que esta história
Seja a história onde se conte
O que um dia em mim serão
O que um dia em mim serão
Águas passadas