Letra de João Ferreira Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não sou mais nada, senão
A fadista que tu vês
Tenho a voz no coração
Destroçado e português
O meu destino, o meu fado
É feito de quase nada
De tristezas do passado
Duma sina desgraçada
Num soluço na garganta
Numa lágrima no olhar
Há tanta amargura. tanta
Como a água que há no mar
O meu xaile negro cai
Dos meus ombros para os teus
Como a ternura em que vai
Todo o perdão que há nos céus
Mas quando acabo a canção
Mais triste e desenganada
Vem a noite e a solidão
E vou sozinha na estrada