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Ti Alfredo

Francisco Nicholson / Braga Santos
Repertório de Anabela


Tio Alfredo, quando às tantas
Vou p’las vielas à toa 
Oiço a tua voz nos céus
Cantas p’ra santos e santas 
O teu fado de Lisboa
Encantas o próprio Deus

Lá do alto a que subiste
Na viagem sem regresso 
Que nos leva à eternidade
Certamente ‘inda não viste 
Tudo o que fez o progresso
Da nossa querida cidade

Sob a luz dum candeeiro
Já não se descobre o fado
No rosto de uma mulher
Tio Alfredo Marceneiro
Se visses não querias crer;
Mas chega o anoitecer
Traz a saudade que voa
Para a estrela aonde estás
Porque o fado há-de viver
Enquanto existir lisboa
Alfredo descansa em paz


Na casa da Mariquinhas
Que outrora foi das mais belas 
Vive hoje uma doidivanas
Deitou fora as tabuínhas 
Que alindavam as janelas
E mandou pôr persianas

O ardinita, João
Ninguém ouviu nunca mais
Apregoar nas esquinas
Aquele belo pregão 
Que dava vida aos jornais
Estão a acabar os ardinas