Repertório de Teresa Tarouca
Tinha uma voz que vinha do passado
E um andar com jeito de maré
Por isso se entregou sem medo ao fado
Por isso ninguém sabe quem
ele é
Uns dizem que ele foi um
marinheiro
A quem o alto-mar deu
sepultura
E outros que é o próprio
Marceneiro
Se o fado nunca teve tal
lonjura
Quando as ondas regressam ao
seu peito
Ele pede à guitarra um tom
menor
E canta um fado novo de tal
jeito
Que a gente julga sabê-lo de
cor
Depois vai-se afastando e uma
Alfama
Fica escondida sob o seu
olhar
Nunca vamos saber como se
chama
Mas eu que nunca o vi, chamo-lhe mar