Repertório da autora
A
mulher-vento
É ela que canta o vento
Vem em forma de lamento
Povoar a solidão
Seu movimento
Vem em forma de lamento
Povoar a solidão
Seu movimento
Traz à terra um alento
De que o mundo está sedento
Do sopro do coração
Pelas arestas
De que o mundo está sedento
Do sopro do coração
Pelas arestas
Canta por todas as frestas
E nas folhas das florestas
Que buscam a luz solar
Vive escondida
E nas folhas das florestas
Que buscam a luz solar
Vive escondida
É princesa prometida
Mas por karma está contida
No destino precioso de cantar
Canta nas velas
Mas por karma está contida
No destino precioso de cantar
Canta nas velas
Nas marés das caravelas
E nos recados daquelas
Que esperam p’ra lá do mar
É prisioneira
E nos recados daquelas
Que esperam p’ra lá do mar
É prisioneira
De cantar a noite inteira
E de acender a fogueira
Que aquece a noite ao luar
E assim cantando
E de acender a fogueira
Que aquece a noite ao luar
E assim cantando
A mulher-vento vai dando
Um sentido claro e brando
À sua vida entregar
E se eu disser
Um sentido claro e brando
À sua vida entregar
E se eu disser
Que ousaria escolher
O vento desta mulher
Que nasceu para cantar
O vento desta mulher
Que nasceu para cantar