Repertório de António Mourão
Criação de António Mourão na revista *E viva o velho
Teatro Maria Vitória 1965
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*
A Severa foi-se embora
E o tempo p'ra mim parou
O passado foi com ela
Para mim não mais voltou
As horas p'ra mim são dias
As horas p'ra mim são dias
Os dias p'ra mim são anos
Recordação é saudade
Recordação é saudade
Saudade são desenganos
Ó tempo volta p'ra trás
E o tempo p'ra mim parou
O passado foi com ela
Para mim não mais voltou
As horas p'ra mim são dias
As horas p'ra mim são dias
Os dias p'ra mim são anos
Recordação é saudade
Recordação é saudade
Saudade são desenganos
Ó tempo volta p'ra trás
Traz-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ó tempo volta p'ra trás
Ó tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vãs
Vê que até o próprio sol
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
Porque será que o passado
E o amor, são tão iguais
Porque será que o amor
Quando vai, não volta mais
Mas para mim, a Severa
Mas para mim, a Severa
É o eco dos meus passos
Eu tenho a saudade à espera
Eu tenho a saudade à espera
Que ela volte prós meus braços
Porque será que o passado
E o amor, são tão iguais
Porque será que o amor
Quando vai, não volta mais
Mas para mim, a Severa
Mas para mim, a Severa
É o eco dos meus passos
Eu tenho a saudade à espera
Eu tenho a saudade à espera
Que ela volte prós meus braços
de 1967 é uma outra versão, nitidamente para ser cantada por mulher:
O meu amor foi-se embora
O tempo pra mim parou
Passado que vai com ele
Para mim não mais voltou
As horas p’ra mim são dias
As horas p’ra mim são dias
Os dias p’ra mim são anos
Recordação é saudade
Recordação é saudade
Saudades são desenganos
Ó tempo volta p’ra trás
Dá-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ó tempo volta para trás
Mata as minhas esp’ranças vãs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
Porque será que o passado
E o amor são tão iguais
Porque será que o amor
Quando vai não volta mais
Mas para mim esse homem
Mas para mim esse homem
É o eco dos meus passos
E eu tenho a saudade à espera
E eu tenho a saudade à espera
Que ele volte p’rós os meus braços
O meu amor foi-se embora
O tempo pra mim parou
Passado que vai com ele
Para mim não mais voltou
As horas p’ra mim são dias
As horas p’ra mim são dias
Os dias p’ra mim são anos
Recordação é saudade
Recordação é saudade
Saudades são desenganos
Ó tempo volta p’ra trás
Dá-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ó tempo volta para trás
Mata as minhas esp’ranças vãs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
Porque será que o passado
E o amor são tão iguais
Porque será que o amor
Quando vai não volta mais
Mas para mim esse homem
Mas para mim esse homem
É o eco dos meus passos
E eu tenho a saudade à espera
E eu tenho a saudade à espera
Que ele volte p’rós os meus braços
Se fossem contabilizadas as vezes que um êxito é passado na rádio
trauteado na rua evocado em situações a-propósito, transformando-se
em frases feitas ou ditos populares que perduram no tempo, este enorme
êxito de António Mourão alcançaria os primeiros lugares.