Versão do repertório de Maria Valejo
Fado...
Meu vagabundo de rua
Não sei que vida é a tua
Que andas armado em senhor
Fado...
Tu gostas é de algazarra
Do xaile e duma guitarra
Nas patuscadas do amor
Ser fadista...
Ser um fadista de raça
É enfrentar a ameaça
É uma graça que Deus nos deu
Ser fadista...
É o destino que chora
Nascido na mesma hora
Em que o fadista nasceu
Ser fadista...
É dar a mão à saudade
Que anda a chorar p'la cidade
É ser pobre com altivez
Ser fadista...
É destino que se perdoa
Oração à fé de Lisboa
Ser fadista é ser português
Fado...
Há uma voz que te chama
P'rás vielas de má fama
Onde o sol nunca chegou
Fado...
Páras à porta da vida
Onde uma mulher perdida
P'ra não chorar, te cantou