Manuela de Freitas / Carlos Manuel Proença
Repertório de Carlos do Carmo
Tu dizes que a culpa é minha
Eu acho que a culpa é tua
E vamos ficando assim
Até que um dia à tardinha
Por acaso numa rua
Tu hás-de passar por mim
Com rancor e azedume / Sem razão e sem emenda
Talvez a gente se insulte
Ou então, contra o costume / Talvez a gente se entenda
E o acaso resulte
Por acaso, sem querer
Quem sabe se é dessa vez / Que nós fazemos as pazes
Possa o acaso fazer
O que a saudade não fez / E nós não fomos capazes
A vida dá-nos sinais
Quanto mais o tempo passa / De que o amor tem um prazo
Por isso nunca é demais
O que quer que a gente faça / Para provocar o acaso