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As letras publicadas referem a fonte de extração, ou seja: nem sempre são mencionados os legítimos criadores dos temas aqui apresentados.
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Cravo de São João

Aníbal Nazaré / Martinho d’Assunção
Versão de José Manuel Barreto

Esta letra apresenta duas versões bastante diferentes.
Esta é a versão atualmente mais ouvida.
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia 
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*

Quando a vi, ela trazia 
Bem juntinho ao coração
Como um grito de alegria 
Um Cravo de São João
Passou por mim apressada 
Na primeira vez que a vi
Achei a moça engraçada 
E nunca mais a esqueci

Vinha bonita
No seu vestido de chita
Tinha uma graça infinita
Tinha um ar bem português
O meu olhar 
Pousou nela como um beijo
E fiquei com o desejo 
De a encontrar outra vez

Fez-me o destino a vontade 
Novamente a encontrei
Mas p´ra dizer a verdade 
Que diferente que eu a achei
Elegante no trajar 
De luxo e ostentação
E uma Orquídea no lugar 
Do cravo de São João

Vinha elegante 
Num vestido extravagante
E tinha um ar petulante 
Que cheirava a perdição
Naquela Orquídea 
Sua vida se resume
Porque perdeu o perfume 
Do Cravo de São João
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Apresenta-se aqui a outra versão 
com original registado na S.E.C.T.P

Quando a vi, ela trazia 
Bem juntinho ao coração
Como um grito de alegria 
Um cravo de são João
Passou por mim, apressada 
A primeira vez que a vi
Achei a moça engraçada 
E nunca mais a esqueci

Era bonita
Com seu vestido de chita
E sua graça esquisita
Fez bater meu coração
Sua beleza,
Era imagem da pureza,
Tinha a graça e a singeleza
Do cravo de São João


Passou tempo e novamente 
Passou por mim eu a vi
Tinha um ar tão diferente 
Que quase a não conheci
Tinha a tristeza no olhar 
E tinha, com distinção
Uma orquídea no lugar 
Do cravo de São João

Era bonita
Sem o vestido de chita
E sua graça esquisita
Causou-me admiração
Tinha vaidade
Não se sentia à-vontade
E eu tive muita saudade

Do Cravo de São João