Esta será (talvez) a versão original da qual mais tarde nasceu
o fado *DUAS LÁGRIMAS DE ORVALHO*.
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Minha mãe disse-me assim
Ao ver-me lágrimas tristes
Banhando-me o pobre rosto
Não posso, não sei dar fim
À tua grande desgraça
Ao teu amargo desgosto
Porque choras não me dizes
Nem é preciso dizê-lo
Publico-a na esperança de obter informação credível
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Tradicional*
Livro *Poetas Populares do Fado-Tradicional*
Ao ver-me lágrimas tristes
Banhando-me o pobre rosto
Não posso, não sei dar fim
À tua grande desgraça
Ao teu amargo desgosto
Porque choras não me dizes
Nem é preciso dizê-lo
Como sou mãe adivinho
Os amantes infelizes
Deveriam ter coragem
Os amantes infelizes
Deveriam ter coragem
Para mudar de caminho
P’lo amor damos a alma
Minha filha, damos tudo
P’lo amor damos a alma
Minha filha, damos tudo
’Té cansarmos na jornada
Mas quando a gente se acalma
O que era amor é saudade
Mas quando a gente se acalma
O que era amor é saudade
E a vida já não é nada
Se estás a tempo, recua,
Amordaça o coração
Se estás a tempo, recua,
Amordaça o coração
Mata o passado, sorri
Mas se não estás?... continua
Disse-me isto minha mãe
Mas se não estás?... continua
Disse-me isto minha mãe
Ao ver-me chorar por ti