Repertório de Manuel Luís Hilário
Julgara que fosse minha
Quando a vi de aspeto fino
Debruçada à janelinha
Do rés-do-chão pequenino
Que momentos de loucura
Eu passei junto à janela
Que ficava à minha altura
Á altura dos lábios dela
Janela pobre
Luz de amor nobre
Altar de ideais
Moldura antiga
Altar de ideais
Moldura antiga
Da rapariga
Que eu gostei mais
A própria vida
Que eu gostei mais
A própria vida
Mesmo vivida
Cheia de encanto
Não é mais bela
Cheia de encanto
Não é mais bela
Do que a janela
Que eu amei tanto
Deixei há pouco de vê-la
A morte não traz perdão
Eu chorei junto à janela
Desse humilde rés-do-chão
Por desgraça dela e minha
Roguei pragas ao destino
Que fechou a janelinha
Do rés-do-chão pequenino
Que eu amei tanto
Deixei há pouco de vê-la
A morte não traz perdão
Eu chorei junto à janela
Desse humilde rés-do-chão
Por desgraça dela e minha
Roguei pragas ao destino
Que fechou a janelinha
Do rés-do-chão pequenino