Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credivel
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Vem até à Madragoa
Traz contigo essa Lisboa
Vem daí, anda com ela
Faz a roda p’las esquinas
Que vais ver essas varinas
Como bailam de chinela
Vem ouvir pregões cantados
Tão dolentes, tão magoados
Que até lembram orações
São as queixas das fadigas
São pedaços de cantigas
São as queixas das fadigas
São pedaços de cantigas
Que nem parecem pregões
Vem cá ver como se dança
Num bailarico da Esperança
Vem cá ver como se dança
Num bailarico da Esperança
Entre varinas gaiatas
Tal como vogam as lanchas
Como baloiçam as pranchas
Tal como vogam as lanchas
Como baloiçam as pranchas
Na descarga das fragatas
Vem cá ver como trabalham
Vem ouvir como elas ralham
Vem cá ver como trabalham
Vem ouvir como elas ralham
Numa gritaria tonta
Cada boca é uma adaga
Num motejo, numa praga
Cada boca é uma adaga
Num motejo, numa praga
Num louvor ou numa afronta
Madragoa de chinela
Xaile ao ombro, lá vai ela
Madragoa de chinela
Xaile ao ombro, lá vai ela
Como é linda a Madragoa
É travessa? o que tem isso?
Se é o bairro mais castiço
É travessa? o que tem isso?
Se é o bairro mais castiço
Mais alegre de Lisboa