Manuel
Alegre / António Chaínho
Repertório
de Humberto Sotto Mayor
Palavras
tantas vezes perseguidas
Palavras tantas vezes violadas
Que não sabem cantar ajoelhadas
Que não se rendem mesmo se feridas
Que não sabem cantar ajoelhadas
Que não se rendem mesmo se feridas
Palavras por
quem eu fui cativo
Na língua de Camões vos querem escravas
Palavras com que canto e onde estou vivo
Na língua de Camões vos querem escravas
Palavras com que canto e onde estou vivo
Mas se tudo
nos levam isto nos resta:
Estamos de pé dentro de vós palavras
Nem outra glória há maior do que esta
Estamos de pé dentro de vós palavras
Nem outra glória há maior do que esta
Palavras
tantas vezes proibidas
E no entanto as únicas espadas
Que ferem sempre mesmo se quebradas
E no entanto as únicas espadas
Que ferem sempre mesmo se quebradas
Vencedoras ainda que vencidas