*Dá-me um beijo*
Silva Tares / Frederico
de Freitas
Repertório de Amália
Criação de Amália Rodrigues no filme Fado, história de uma cantadeira
de Perdigão Queiroga
Estreado a 28 de Novembro de 1942, no Coliseu do Porto
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia no livro
Poetas Populares do Fado-Canção
Não é necessário enquadrar esta letra na cena do filme em que é cantada.
Poetas Populares do Fado-Canção
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Talvez por muito amar a liberdade
Invejo a vida livre dos pardais
Mas prende-me em teus braços sem piedade
E eu juro da prisão não sair mais
Não posso ouvir o fado sem vibrar
E não domino em mim
Mas prende-me em teus braços sem piedade
E eu juro da prisão não sair mais
Não posso ouvir o fado sem vibrar
E não domino em mim
A febre de o cantar
Mas dá-me um beijo teu, fremente
Verás que fico assim
Mas dá-me um beijo teu, fremente
Verás que fico assim
Calada eternamente
Adoro a luz do sol que me alumia
Por grata e singular mercê de Deus
Mas fecha-me num quarto noite e dia
E eu troco a luz do sol pelos olhos teus
Adoro a luz do sol que me alumia
Por grata e singular mercê de Deus
Mas fecha-me num quarto noite e dia
E eu troco a luz do sol pelos olhos teus
Não posso ouvir o fado sem vibrar
E não domino em mim
E não domino em mim
A febre de o cantar
Mas dá-me um beijo teu, fremente
Verás que fico assim
Mas dá-me um beijo teu, fremente
Verás que fico assim
Calada eternamente
Baixinho aqui p'ra nós, muito em
segredo
Eu sempre fui medrosa até mais não
Mas p'ra que sejas meu não tenho medo
Eu
Mas p'ra que sejas meu não tenho medo
Nem mesmo de perder a salvação
Não é necessário enquadrar esta letra na cena do filme em que é cantada.
É suficientemente rica de contrastes e intensidades para ter tido êxito garantido
mesmo se tivesse aparecido como um fado independente, num contexto mais
comum de casa de fados ou disco.
E ganhou, sobretudo, com a voz de Amália a dar-lhe vida.