Vinicius de
Moraes / Paulinho Soledade e Vinicius de Moraes
Repertório
de António Zambujo
Oh
minha amada que os olhos teus
São
cais noturnos cheios de adeus
São docas mansas trilhando luzes
Que brilham longe, longe nos breus
São docas mansas trilhando luzes
Que brilham longe, longe nos breus
Oh,
minha amada que olhos os teus
Quanto
mistério nos olhos teus
Quantos saveiros, quantos navios
Quantos naufrágios nos olhos teus
Quantos saveiros, quantos navios
Quantos naufrágios nos olhos teus
Oh,
minha amada que olhos os teus
Se
Deus houvera, fizera-os Deus
Pois não os fizera quem não soubera
Que há muitas eras nos olhos teus
Pois não os fizera quem não soubera
Que há muitas eras nos olhos teus
Ah,
minha amada de olhos ateus
Cria
a esperança nos olhos meus
De verem um dia o olhar mendigo
De verem um dia o olhar mendigo
Da poesia nos olhos teus