Repertório de Teresa Tapadas
Quando tudo já foi dito / Fica o silêncio entre nós
Acaba calado o grito / E o amor fica sem voz
Em caminhada insegura / Eu sigo o som dos teus passos
E o cansaço da procura / Só me afasta dos teus braços
Silêncio, que coisa estranha
A esconder uma verdade
De que não sei a idade
Nesta solidão que invento
Silêncio, que dôr tamanha
Saber que a tua maldade
Não evitou a saudade
Que sinto neste momento
Sem encontrar as palavras / Sem desatar tantos nós
Sem saber onte te amarras / Sem ouvir a tua voz
Por caminhos e amarguras / A marcarem meu sofrer
Mais que sombrias, são escuras / As horas do meu viver