Repertório de Amália
É ou não é que o trabalho dignifica
É assim que nos explica
O rifão que nunca falha
É ou não é que disto, toda a verdade
É que só por dignidade
No mundo ninguém trabalha
É ou não é que o povo nos diz que não
Que o nariz não é feição
Seja grande ou delicado
No meio da cara tem por força que se ver
Mesmo a quem não o meter
Aonde não é chamado
Digam lá se é assim ou não é
Ai não não é... ai não não é
Digam lá se é assim ou não é
Ai não não é... pois é
É ou não é que um velho que á rua saia
Pensa (ao ver a mini-saia)
Que este mundo está perdido
Mas se voltasse agora a ser rapazote
Acharia que o saiote
É muitissimo comprido
É ou não é bondosa a humanidade
Todos sabem que a bondade
É que faz ganhar a céu
Mas a verdade nua sem salamaleque
É que tive de aprender, é que
Ai de mim se não for eu
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Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*
Versão não encontrada na Internet, mas com a mesma música. Esta versão é uma
variante jocosa, do mesmo autor, ao seu anterior êxito com o mesmo título.
É ou não é, que o «dar de beber à dor»
É o motivo ao dispor para andar de grão na asa
Diz a mulher ao marido – sim senhor
A dares de beber à dor
Vens sempre aos esses p’ra casa
Responde aquele, meio a rir e meio a sério
Para que é esse despautérioe tanta ferocidade
Fica sabendo que beber e conseguir fazer ésses sem cair
É já grande habilidade
Digam lá se é – assim ou não é
Ai não, não é – ai não, não é
Digam lá se é – assim ou não é
Ai não, não é – pois é
É ou não, é que um velho que à rua saia
Pensa ao ver a mini-saia "este mundo está perdido"
Mas se voltasse de repente a rapazote
Acharia que o saiote é muitíssimo comprido
É ou não, é que faz confusão à gente
O talento de repente com isto da nova era
Aborreceu-se de que não pudessem vê-lo
E transformasse em cabelo comprido e até em pera
É ou não é, com reforma ou sem reforma
Não tinha aparecido a forma para o povo estudar mais
O Totobola, nisso foi o mais famoso
Fez o país estudioso da fronteira até Cascais
É ou não é, bondosa a Humanidade
Todos sabem que a bondade éque faz ganhar o céu
Mas a verdade nua sem salamaleque
Que tive de aprender é que
Ai de mim se não for eu
Mas se voltasse de repente a rapazote
Acharia que o saiote é muitíssimo comprido
É ou não, é que faz confusão à gente
O talento de repente com isto da nova era
Aborreceu-se de que não pudessem vê-lo
E transformasse em cabelo comprido e até em pera
É ou não é, com reforma ou sem reforma
Não tinha aparecido a forma para o povo estudar mais
O Totobola, nisso foi o mais famoso
Fez o país estudioso da fronteira até Cascais
É ou não é, bondosa a Humanidade
Todos sabem que a bondade éque faz ganhar o céu
Mas a verdade nua sem salamaleque
Que tive de aprender é que
Ai de mim se não for eu
Da declaração de registo de obra na SECTP, 14/10/1968.