Repertório de Aldina Duarte
A minha vida é sempre ontem
E o meu destino, amanhã;
Hoje é uma coisa parada
Nada sei, não faço nada
Certeza é palavra vã
Porque abri as minhas mãos
E deixei fugir o instante
Que havia nelas, ainda
Agora o nada não finda
Agora o nada não finda
E o tudo é sempre distante
Virás tu ao meu encontro
Virás tu ao meu encontro
Ou sou eu que devo achar-te
Quem podura descansar
Quem podura descansar
Ver, ouvir, e não pensar
Ser aqui e em toda a parte
Chego tarde ou muito cedo
Ser aqui e em toda a parte
Chego tarde ou muito cedo
Ou paro aquém ou além
Houvesse algo para mim
Houvesse algo para mim
Sem ter princípio nem fim
Sem ser o mal ou o bem
Sem ser o mal ou o bem