Repertório de Margarida Bessa
Naquela casa afastada
A miséria fez morada
E nunca mais quis saír;
Quem lá mora, não tem nada
Mas nos vasos da sacada
Há saudades a sorrir
Saudades lembram a esperança
Que nunca morre nem cansa / Se viveu no coração
Embora pesem no peito
Sombras d’amor já desfeito / Sempre fica uma ilusão
Por isso mesmo, que importa
Que a saudade bata á porta / Se a esperança entra a seguir
E como o sol da alvorada
Nos canteiros da sacada / Há saudades a sorrir