Repertório de Teresa Siqueira
Deixaremos aberta a porta
Quando o frio é lá de fora
Ser senhores da noite morta
E do medo que lá mora;
Obriga o corpo sem dono
A desabrigos de hora
Cachos de uva madura
Teu corpo de lentidão
Lume aceso que perdura
O tempo da solidão;
Segredos de água pura
Que trago em cada mão
Meu amor, minha verdade
Caso de ser sol oculto
Lá fora a noite é cidade
E a cidade é um insulto
Porta aberta, grande estrada
Em delírio de viagem
Não a feches, não foi nada
Só a morte de passagem