Repertório do autor
Meu roseiral
Há uma rosa que floriu de manhã
No pedestal
Há um símbolo duma imagem pagã
Ponho o meu som
A fluir nos horizontes de mim
Sobe de tom
Esta voz que me anuncia o meu fim
Vou sendo assim
Tal e qual a natureza me fez
Até que um dia perdido de vez
Eu vá deixar de sonhar;
Vou sendo assim
Até que um dia perdido de vez
Eu vá deixar de sonhar;
Vou sendo assim
Um peão que julga ser defensor
Num xadrez, onde ser peça menor
Nunca me deu que pensar
Num xadrez, onde ser peça menor
Nunca me deu que pensar
Desde que eu possa sonhar
Os anos são
Duas asas a bater sem cessar
P'ra onde vão
P'ra algures donde não podem voltar
Algo de mim
Reclama a eternidade do ser
Génio ruim
Que me ganhou na ilusão de me perder
Os anos são
Duas asas a bater sem cessar
P'ra onde vão
P'ra algures donde não podem voltar
Algo de mim
Reclama a eternidade do ser
Génio ruim
Que me ganhou na ilusão de me perder