Repertório
de Beatriz da Conceição
Copiado
do livro do poeta editado pela
Academia da Guitarra e do Fado
Não
sei... meu amor, não sei
Se os poemas que cantei
Algum dia foram escritos
Ao cantar cada palavra
Parecia que a inventava
Na tragédia dos meus gritos
Cantei poetas ausentes
Cantei os versos das gentes / Dos bairros de tradição
Desde Alfama à Madragoa
A minha voz foi Lisboa / À procura de um pregão
As palavras dos poetas
Feitas de emoções secretas / Têm de ser reveladas
E só mesmo quem as sofre
É que pode abrir o cofre / Onde elas foram guardadas
Por isso é que eu te repito
Gostaria de as ter escrito / Mas sabendo que as cantei
A minha alma inquieta
Também se sente poeta / Não sei... meu amor, não sei
Se os poemas que cantei
Algum dia foram escritos
Ao cantar cada palavra
Parecia que a inventava
Na tragédia dos meus gritos
Cantei poetas ausentes
Cantei os versos das gentes / Dos bairros de tradição
Desde Alfama à Madragoa
A minha voz foi Lisboa / À procura de um pregão
As palavras dos poetas
Feitas de emoções secretas / Têm de ser reveladas
E só mesmo quem as sofre
É que pode abrir o cofre / Onde elas foram guardadas
Por isso é que eu te repito
Gostaria de as ter escrito / Mas sabendo que as cantei
A minha alma inquieta
Também se sente poeta / Não sei... meu amor, não sei