Desconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credivel
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Sentei-me à sombra fagueira
Duma frondosa oliveira
Posta à beira dum caminho
Nem uma folha tremia
E no silêncio, eu ouvia-a
Murmurar muito baixinho
Foi um moço cavador
Que me pôs com todo o amor
Neste chão abençoado
E depois de estar criada
Eu dei-lhe o cabo da enxada
E depois de estar criada
Eu dei-lhe o cabo da enxada
E o timão do seu arado
Quis dar-lhe a trave do lar
Dei-lhe a lenha p’ra queimar
Quis dar-lhe a trave do lar
Dei-lhe a lenha p’ra queimar
Dei-lhe o azeite da ceia
Dava-lhe a sombra no estio
E em noite d’inverno frio
Dava-lhe a sombra no estio
E em noite d’inverno frio
Dava-lhe a luz da candeia
Vi-o velhinho e cansado
Dei-lhe o nodoso cajado
Vi-o velhinho e cansado
Dei-lhe o nodoso cajado
Mas, fosse lá p’lo que fosse
Farto da vida, buscou-me
Veio a meus braços, mirou-me
Farto da vida, buscou-me
Veio a meus braços, mirou-me
E neste ramo enforcou-se
Olhei a triste oliveira
A dar-me a sombra fagueira
Olhei a triste oliveira
A dar-me a sombra fagueira
Nesse dia abrasador
Estava cheiinha de fruto
Como coberta de luto
Estava cheiinha de fruto
Como coberta de luto
P’la morte do cavador