Fernando
Farinha / Casimiro Ramos *fado pinóia*
Repertório
de Fernando Farinha
Há
quem afirme que o fado / Com voz, tem pouca intenção
Quanto a meu ver, o cantar / Só na voz tem tradução
No
fado, ou qualquer canção / Seus fiéis cultivadores
Só nos mostram ser cantores / Vibrando num grito d'alma
Dizer é arte de talma
É domínio dos atores
Só nos mostram ser cantores / Vibrando num grito d'alma
Dizer é arte de talma
É domínio dos atores
Há
quem não tenha garganta / E dê ao fado, expressão
Mas a voz que se levanta / Tem muito mais coração
O
hino d'uma nação / Estando ao coração ligado
Quando p'lo povo é cantado / É sempre com voz soante
Um hino, p'ra ser vibrante
Nunca pode ser falado
Quando p'lo povo é cantado / É sempre com voz soante
Um hino, p'ra ser vibrante
Nunca pode ser falado
O
mesmo acontece ao fado / Que nasceu p'ra se cantar
E não p'ra 'star amarrado / Ao peito que o quer soltar
Cantar
é saber vibrar / Com voz, com alma e ralé
Grito d'esperança e de fé / Bem arrancado do peito
Fado falado a preceito
Grito d'esperança e de fé / Bem arrancado do peito
Fado falado a preceito
Só o cantou Villaret