Carlos
Conde / Alfredo Marceneiro
Repertório
de Maria Augusta
Sonhei
a noite passada
Com as antigas ramboias
De que tanto oiço falar
Tinha acabado a toirada
E batiam-se as tipóias
P’ra as bandas do Lumiar
O meu faia, de samarra
E eu de xaile de tricana
De que tanto oiço falar
Tinha acabado a toirada
E batiam-se as tipóias
P’ra as bandas do Lumiar
O meu faia, de samarra
E eu de xaile de tricana
Resolvemos ir prás hortas
Peguei na minha guitarra
E uma velha traquitana
Peguei na minha guitarra
E uma velha traquitana
Levou-nos fora de portas
Abancamos numa tasca
Orgulhosos, sobranceiros
Abancamos numa tasca
Orgulhosos, sobranceiros
Com a lira a dar nas vistas
No meio de gente rasca
De fidalgos, de toureiros
No meio de gente rasca
De fidalgos, de toureiros
De boémios e fadistas
Cantou-se até ao alvor
E a festa do Lumiar
Cantou-se até ao alvor
E a festa do Lumiar
Findou como era costume
Uma cantiga de amor
Um canjirão pelo ar
Uma cantiga de amor
Um canjirão pelo ar
E uma cena de ciúme
Um fidalgo alto, imponente
Defendia uma mulher
Um fidalgo alto, imponente
Defendia uma mulher
Da navalha dum rufia
Nisto acordei, de repente
Com pena de não saber
Com pena de não saber
Como o resto acabaria