Letra e música de Jorge Fernando
Repertório do autor
Olhos pregados aos vidros da janela
Reflexo triste no rosto à luz da vela
Tarda-se a luz no bairro escurecido
Se me deres um sinal
Vou soltar o sentido
E p’lo bem ou p’lo mal
Estou pronto a ser ouvido
Todo o amor que subestima o próprio ser
É como d’olhos abertos nada ver
Dividir o indivisível
Somar o nada e nada ter
Olhos pregados aos vidros da janela
Reflexo triste no rosto à luz da vela
Tarda-se a luz no bairro escurecido
Talvez por ser mais velho
Mais amadurecido
Atrevo-me um conselho
Estou pronto a ser ouvido
A tristeza é a tua alma a redimir-se
Anular-se por amor, é um erro, diz-se
Ninguém ama a sua sombra
Que é o corpo a reduzir-se
Sei que é fácil estar por fora
Estar por dentro mata a lucidez
Se ao amar, o amor se chora
Parte p’ra outra sem demora
Arrisca o fim, mas fim de vez
Olhos pregados aos vidros da janela
Reflexo triste no rosto à luz da vela
Tarda-se a luz no bairro escurecido
Já me deste um sinal
Já soltei o sentido
E p’lo bem ou p’lo mal
Foi bom ter sido ouvido