Repertório de Nuno de Aguiar
Bairro Alto com seus amores tão delicados
Certa noite deu nas vistas
E saiu com os trovadores e mais o fado
P'ra fazer suas conquistas
Tangeu as liras singelas
Lisboa abriu as janelas
E saiu com os trovadores e mais o fado
P'ra fazer suas conquistas
Tangeu as liras singelas
Lisboa abriu as janelas
Acordou em sobressalto
Gritaram bairros à toa
Silêncio velha Lisboa
Gritaram bairros à toa
Silêncio velha Lisboa
Vai cantar o Bairro Alto
Trovas antigas, saudade louca
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas
A bailar de boca em boca
Tristes bizarras em comunhão
Tristes bizarras em comunhão
Andam guitarras
A gemer de mão em mão
Por isso é que mereceu fama de boémio
Por condão ou fatalista
Atiraram-lhe com a lama como prémio
Por ser nobre e ser fadista
Hoje saudoso e velhinho
Recordando com carinho
Por isso é que mereceu fama de boémio
Por condão ou fatalista
Atiraram-lhe com a lama como prémio
Por ser nobre e ser fadista
Hoje saudoso e velhinho
Recordando com carinho
Seus amores, suas paixões
P'ra cumprir a sina sua
Ainda vem pró meio da rua
P'ra cumprir a sina sua
Ainda vem pró meio da rua
Cantar as suas canções
(A) Em conversa telefónica com Nuno de Aguiar, fiquei a saber
que os direitos musicais foram uma cedência do próprio
Nuno ao guitarrista Francisco Carvalhinho.
Nuno de Aguiar é o grande criador deste trecho, como fado.
Na verdade trata-se da “Marcha do Bairro Alto” de 1938.
Foram seus autores: da letra, Augusto Machado e Carlos Neves, sendo
este último também autor da música.
Nuno de Aguiar, ao ler os versos que alguém lhe deu, viu naquela marcha
um belo fado. Assim, juntamente com Carvalhinho, tratou de arranjar
nova “roupagem” musical tendo por base o Fado Corrido, e num
momento de inspiração surgiu o êxito que se conhece.
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*
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Versão de Carlos do Carmo
Bairro Alto aos seus amores tão dedicado
Quis um dia dar nas vistas
E saiu com os trovadores e mais o fado
P'ra fazer suas conquistas
Tangem as liras singelas
Lisboa abriu as janelas
E saiu com os trovadores e mais o fado
P'ra fazer suas conquistas
Tangem as liras singelas
Lisboa abriu as janelas
Acordou em sobressalto
Gritaram bairros à toa
Silêncio velha Lisboa
Gritaram bairros à toa
Silêncio velha Lisboa
Vai cantar o Bairro Alto
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas
A bailar de boca em boca
Tristes bizarras em comunhão
Andam guitarras
Tristes bizarras em comunhão
Andam guitarras
A gemer de mão em mão
Por isso é que mereceu fama de boémio
Por seu condão fatalista
Atiraram-lhe com a lama como prémio
Por ser nobre e ser fadista
Hoje saudoso e velhinho
Recordando com carinho
Por isso é que mereceu fama de boémio
Por seu condão fatalista
Atiraram-lhe com a lama como prémio
Por ser nobre e ser fadista
Hoje saudoso e velhinho
Recordando com carinho
Seus amores, suas paixões
P'ra cumprir a sina sua
Ainda veio pró meio da rua
P'ra cumprir a sina sua
Ainda veio pró meio da rua
Cantar as suas canções