Repertório de Maria Emília
Dizes contigo: tudo bem
Que posso até cantar p’ra cem
Desde que o xaile me proteja
Desde que o xaile me proteja
E as costas nuas ninguém veja
Canto bem melhor em casa
Canto bem melhor em casa
Dizes com ciúme em brasa
Trago nas saias compridas
Trago nas saias compridas
Pernas com salto, escondidas
Falta-me o ar
Falta-me o ar
Ao saber o teu regresso
Que nunca se acabe o mar
E o peixe, meu Deus, quanto peço
Ninguém duvide
Que nunca se acabe o mar
E o peixe, meu Deus, quanto peço
Ninguém duvide
o amor que eu te tenho
Mas é da casa de fado
Que sou, é de lá que venho
Achas que o fado é a raiz do mal
Pior que o fado nem o carnaval
É de mau tom, imoral e rancoroso
Triste, pesado, indecente e invejoso
Vejam bem
Finjo que ouço e finjo bem
Mas é da casa de fado
Que sou, é de lá que venho
Achas que o fado é a raiz do mal
Pior que o fado nem o carnaval
É de mau tom, imoral e rancoroso
Triste, pesado, indecente e invejoso
Vejam bem
Finjo que ouço e finjo bem
Dou a razão a quem a tem
Juro por tudo o mais que seja
Juro por tudo o mais que seja
Cantar sim, mas na igreja
E se a vizinha solta a língua
E se a vizinha solta a língua
E me prometes fome e mingua
Sou um prato desolado
Sou um prato desolado
E lá ficas do meu lado
És bom homem
És bom homem
És o homem mais amado
Não há canção que eu não cante
Não há canção que eu não cante
P´ra ti, na casa de fado
Mas o que eu gosto
Mas o que eu gosto
É de uma boa desgarrada
Levo a mão à cintura
Levo a mão à cintura
E canto sem medo de nada
E sem o fado tudo me sai mal
Pior nem o Brasil sem o carnaval
É de mau tom, imoral e rancoroso
Triste, pesado, indecente e invejoso
Vejam bem
E sem o fado tudo me sai mal
Pior nem o Brasil sem o carnaval
É de mau tom, imoral e rancoroso
Triste, pesado, indecente e invejoso
Vejam bem