Letra e música de Jorge Fernando
Repertório de Jorge Fernando c/ Jorge Nunes
Olhos fixos, tristes, fixos não sei onde
Redondos, parados, lentos e perdidos
E o que de triste às vezes o olhar esconde
São mágoas a exorcizar-nos os sentidos
E o vento, entre os cabelos ao vento
Como dedos solidários e profanos
Eram como duas mãos a dar-lhe alento
Não tinha mais que dez ou doze anos
De que profundezas sofreu, o abismo
Que de brincar, recusou todo o seu ser
E que mão lhe derramou um tal cinismo
De culpas e recusas de viver
Não lhe deu afago a vida, e então ele
Cresceu no corpo em que a alma lhe cresceu
Trago todo na memória e em minha pele
Porque esse menino triste… era eu