Agora é que é
Letra
e músia de Pedro Abrunhosa
Repertório
de Ana Moura
Faltam
palavras p'ra loucura do momento
Alguém
mentiu no juramento / Alguém nos trouxe este pesar
Salvem
as pratas pela porta do jumento
Já
não temos muito tempo / E ainda havemos de dançar
Não
houve balas nem vontade de atirá-las
Não
faltam bate-palas / A quem nos traz tanto penar
Houve
promessas e agora faltam peças
Levam
louças e sanefas / Cuidado, querem voltar
Agora é que
é, agora é que é
Ou fazemos
malas ou fazemos marcha à ré
Agora é que
é, agora é que é
Ide lá
buscá-las e quem caiu ponha-se em pé
Houve
canasta e uma gente muito casta
Um
ar sisudo é quanto basta / Cair nas graças da vizinha
Vinham
de fato engomado na gravata
À
mesa com quatro facas / E uns alarves na cozinha
E
houve festa de gente que se detesta
Eu
não tenho um T na testa / Que bem os via na vidinha
Foi-se
a saúde com os galãs de Hollywood
Maracas
e alaúde / E agora toca a dançar
Já
não me lembro se foi num dia de Setembro
Já
nem sei se era membro / Ou se lá estava por azar
Abram
as comportas que frio vem dessa porta
Tanta
gente a dar a volta / E o baile vai começar!
Veio
a justiça, chegou à cavalariça
Ao
cavalo ninguém atiça / Não vá o chão empinar
Fizeram
frete de apreender o canivete
Com
o sabre ninguém se mete / Há tanta história p'ra contar
Chegou
a fome de tirar a quem não come
De
vender até o nome / Por tuta e meia e um jantar
Virar
faisões, comprar porta-aviões
Vou ali contar tostões / Ai que vontade de mandar