Sempre que um homem perdia / A mulher da sua vida
Vinha enganar a alegria / Numa navalha perdida
Ao café das camareiras
Lisboa vinha aprender
A mais fácil das maneiras
De um homem não saber ser;
Ao café das camareiras
Lisboa vinha aquecer
À sombra dessas maneiras
A vontade de morrer
O fado não è chouriço / Nem café, nem aguardente
O fado è, sem dar por isso / A gente a falar da gente
Dizer as coisas que temos / Guardadas no coração
E depois, quando sofremos / Transformá-las
O
O fado è, sem dar por isso / A gente a falar da gente