Repertório de Maria Armada
Ao café das camareiras
Lisboa vinha aprender
A mais fácil das maneiras
De cantar para esquecer
Sempre que um homem perdia
A mulher da sua vida
Vinha enganar a alegria
Numa navalha perdida
Ao café das camareiras
Lisboa vinha aprender
A mais fácil das maneiras
De um homem não saber ser;
Ao café das camareiras
Lisboa vinha aquecer
À sombra dessas maneiras
A vontade de morrer
O fado não é chouriço
Nem café, nem aguardente
O fado é, sem dar por isso
O fado é, sem dar por isso
A gente a falar da gente
Dizer as coisas que temos
Dizer as coisas que temos
Guardadas no coração
E depois, quando sofremos
E depois, quando sofremos
Transformá-las em canção
O fado não é passado
O fado não é passado
Nem futuro, nem presente
O fado é, sem dar por isso
O fado é, sem dar por isso
A gente a falar da gente