João Monge
/ Alfredo dos Santos *marcha do correeiro*
Repertório
de António Zambujo
Não
me dou longe de ti
Nem
em sonhos eu consigo
Ter
alguém no meio de nós
Só
Deus sabe o que perdi
Para
tu ficares comigo
E
ouvires a sua voz;
Só
eu sei o que sofri
Quando
sonhava contigo
E
abria os olhos a sós
Sabes
da minha fraqueza
Onde
a faca tem dois gumes
Onde
me mato por ti
É da tua natureza
Cortar-me
o peito em ciúmes
E
eu finjo que não morri;
Mas
é da minha tristeza
Esconder
no fado os queixumes
E
a cantar entristeci
À
noite voltas de chita
Com
duas flores no regaço
E
tudo o que a Deus pedi
És
tão minha, tão bonita
És
a primeira que abraço
Aquela
em que me perdi;
Nem
a minha alma acredita
Que
me perco no teu passo
Não
me dou longe de ti
Assim
te quero guardar
Como
se mais nada houvesse
Nem
futuro, nem passado
De
tanto, tanto, te amar
Pedi
a Deus que trouxesse
O teu corpo no meu fado