Letra e musica de Pedro Barroso
Repertório de António Laranjeira
Neste porto manso, eterno, onde descanso
Repertório de António Laranjeira
Neste porto manso, eterno, onde descanso
Porque
me fica aqui o peito e o sentido
Com
aquela água imensa navegando
Este
rio, ao passar, fala comigo;
E
parece murmurar-se quente e brando
Como
o mundo é mais sereno em Porto antigo
O
velho Douro é como um hino à natureza
Escorrendo
entre os dedos da montanha
Ao
sol que o faz vibrar e pressentir
Mostrando
a história em socalcos vinhateiros
Nos
solares de baronetes e herdeiros
Com
brasões verdadeiros ou a fingir
Dos
barcos que se cruzam indo e vindo
Alguém
levanta a mão saudando ao longe
Como
um monge pagão fugido à norma
O
próprio rio me esmaga e me transforma;
O
casario dá a impressão que vai cair
E
eu sei que vou chorar quando partir
Sei
que o tempo ali parou naquele cais
E
não quero saber de mais informação
Que
a que me traz com majestade o Douro amigo
Eu
quero ficar ali para sempre, ali contigo;
Olhos
nas margens do sentir, a mão na mão
Ai, como o mundo é mais sereno em Porto antigo