A voz calou-se
E tem no peito
O coração envergonhado
Olhem pra ela
Esse corpo fustigado
Onde um grito amordaçado
Por medo já se escondeu
Reparem nela
Não finjam que não notaram
Que as forças já se esgotaram
Mas a alma não morreu
Dos olhos dela escorre o mar da humilhação
Vive com ela a mais dura solidão
Sorri p'ra ela, dá-lhe um pouco de atenção