Letra e
música de Belo Marques
Repertório
de Fernanda Maria
Fadista,
geme a tua desventura
Não
faças conta ao tempo quando choras
Que
o fado em certas horas de amargura
Só
deve ser cantado fora d’horas
Não
bate o coração a horas tantas
Nem
sabe quando ri ou quando chora
O
fado é mais sentido quando o cantas
Se
a hora de o cantar passa da hora
O
fado é o destino duma hora
Um
dia ela virá, mas não sei quando
Quem
tem um coração que canta e chora
Não
pode ouvir as horas que vão dando
Bateu-me
o fado à porta, lentamente
A
quem fui receber de mãos abertas
Meu
triste coração ficou doente
E nunca mais bateu a horas certas