Naquela tipica adega
Onde o vinho sabe a vinho
Por entre a loiça de barro
Há canecas desvidradas
E canjirões já com sarro
Lembrando noites passadas
E enquanto se arranja p’ra dar cor à festa
A graça modesta de um xaile de franja
Vamos nós à ceia
Ajeita a samarra, dedilha a guitarra e vamos ao fado
Como aqui ninguém é mudo
Tudo canta à desgarrada
Quem não cantar paga tudo
Quem cantar não paga nada
Que tudo beba a meu lado
E cante à sua maneira
Não quero ceia sem fado