Júlio Vieitas / Armandinho *fado alexandrino antigo*
Repertório de Júlio Vieitas
Eu zanguei-me com ela e após ter-me exaltado
Desci do Bairro Alto, à baixa da cidade
P’ra esquecer essa noite, inspirei-me no fado
E triste, percorri os bairros da saudade
Passei à Mouraria e ouvi grande algazarra
Dum conjunto boémio, ali ao Bem Formoso
Mas um que eu conheci, trinava uma guitarra
E pediu que eu cantasse um fado rigoroso
Cantei com devoção, eu tinha a almaem chama
Onde a voz da razão, às vezes se desgarra
Subimos ao Castelo, até à velha Alfama
Aonde o fado é rei, e a rainha, a guitarra
Desci do Bairro Alto, à baixa da cidade
P’ra esquecer essa noite, inspirei-me no fado
E triste, percorri os bairros da saudade
Passei à Mouraria e ouvi grande algazarra
Dum conjunto boémio, ali ao Bem Formoso
Mas um que eu conheci, trinava uma guitarra
E pediu que eu cantasse um fado rigoroso
Cantei com devoção, eu tinha a alma
Onde
Subimos ao Castelo, até à velha Alfama
Aonde o fado é rei, e a rainha, a guitarra
Numa velha taberna, à Rua da Regueira
Cantou-se o Mouraria em franca desgarrada
E nesta vibração, passou-se a noite inteira
Quando de lá saí, era já madrugada
Subi o Bairro Alto, e ela com ar trocista
Ainda esperava por mim de quarto iluminado
Então compreendi que para ser fadista
É preciso sofrer, amar e ser amado
Cantou-se o Mouraria em franca desgarrada
E nesta vibração, passou-se a noite inteira
Quando de lá saí, era já madrugada
Subi o Bairro Alto, e ela com ar trocista
Ainda esperava por mim de quarto iluminado
Então compreendi que para ser fadista
É preciso sofrer, amar e ser amado