António de Bragança / Alfredo José dos Santos *marcha do correeiro*
Repertório de Maria Teresa de Noronha
Saudade, palavra linda
Que nos diz tristeza infinda
Ou grata recordação
Palavra bem portuguesa
Está ligada e sempre presa
À palavra coração
Por capricho as abrigou
O destino, e as ligou / Em tão íntima união
Que é perfeita a igualdade
Sete letras tem saudade / Sete letras coração
E as saudades, se não cantas
São tão grandes e são tantas / São para mais de um milhão
Mas se cantas, que tristeza
À saudade fica presa / Minh’alma, meu coração
E esta contradição
Ao meu pobre coração / Inocente e sem maldade
Faz-lhe sofrer tal horror
Que um dia morre de dor / Pra não morrer de saudade