Silva Tavares / João Nobre
Repertório de Amália Rodrigues
O céu da minha rua
De Alfama não chama
Nem prende as intenções
Às vezes nem a lua
Nem prende as intenções
Às vezes nem a lua
Lá mora, embora
Lá cheguem seus clarões
Mutilados há telhados
Lá cheguem seus clarões
Mutilados há telhados
Que se abraçam fraternais
No céu da minha rua, a lua recua
Limita-se aos beirais
No céu da minha rua, a lua recua
Limita-se aos beirais
Com Alfama céu não rima
Porque sempre o céu é pouco
Quando olhamos lá p’ra cima
Mas o céu não nega o troco
Cá em baixo a quem se estima
Porque sempre o céu é pouco
Quando olhamos lá p’ra cima
Mas o céu não nega o troco
Cá em baixo a quem se estima
Vai daí ser voz corrente
Que em Alfama toda a gente
Traz o céu no coração
É feliz por natureza
Ninguém pede mais riqueza
Que saúde, amor e pão
Que em Alfama toda a gente
Traz o céu no coração
É feliz por natureza
Ninguém pede mais riqueza
Que saúde, amor e pão