Carlos Conde / Alfredo Duarte *marcha do marceneiro*
Repertório de Alfredo Marceneiro
P'ra ver quanta fé perdida
E quanta miséria sem par
Há neste orbe, atroz ruím
Pus-me à janela da vida
E alonguei o meu olhar
P’lo vasto mundo sem fim
E quanta miséria sem par
Há neste orbe, atroz ruím
Pus-me à janela da vida
E alonguei o meu olhar
P’lo vasto mundo sem fim
Vi dar aos ladrões valores
E sentimentos perdidos / Nas que passam por honradas
Vi cinismos vencedores
Muitos heróis esquecidos / E vaidades medalhadas
E sentimentos perdidos / Nas que passam por honradas
Vi cinismos vencedores
Muitos heróis esquecidos / E vaidades medalhadas
Vi no torpor mais imundo
Profundas crenças caíndo / E maldições ascendendo
De tudo vi neste mundo
Vi miseráveis subindo / Homens honrados descendo
Profundas crenças caíndo / E maldições ascendendo
De tudo vi neste mundo
Vi miseráveis subindo / Homens honrados descendo
Esse é rico, e não tem filhos
Que os filhos não dão prazer / A certa gente de bem
Aquele tem duros trilhos
Mas é capaz de morrer / Pelos filhinhos que tem
Que os filhos não dão prazer / A certa gente de bem
Aquele tem duros trilhos
Mas é capaz de morrer / Pelos filhinhos que tem
Esta é rica em frases ledas
Diz-se a mais casta donzela / Mas a honra, onde ela vai
Aquela não veste sedas
Mas os garotitos dela / São filhos do mesmo pai
Diz-se a mais casta donzela / Mas a honra, onde ela vai
Aquela não veste sedas
Mas os garotitos dela / São filhos do mesmo pai
Por isso afirmo conciso / Que p’ra na vida ter sorte
Não basta a fé decidida
P’ra ser feliz é preciso
Ser canalha até à morte / Ou não pensar mais na vida
Não basta a fé decidida
P’ra ser feliz é preciso
Ser canalha até à morte / Ou não pensar mais na vida