Repertório de Rodrigo
Não sou demónio nem santo
Não tenho nada de meu
Se não os versos que canto
Para dizer que sou eu
E tudo quanto aprendi
O meu povo me ensinou
Por isso é que estou aqui
Cantando o povo que sou
Não trago armas de guerra
Nem discursos de entreter
Mas p’ra amar a minha terra
Peço meças a qualquer
Meus pulmões têm mais ar
Meus olhos, mais infinito
Mais braços para enfeitar
Searas no chão que habito
Em cada alma um poema
Em cada corpo uma flor
Justiça aos braços que remam
E às mãos do semeador