Repertório de Ana Laíns
Como a vida muda, como a vida é muda
Como a vida é muda, como a vida é nada
Como a vida é nada, como a vida é tudo
Como a vida muda como a vida
Como a vida é outra, sempre outra, outra
Não a que é vivida, como a vida é vida
Ainda quando morte esculpida em vida
Como a vida vale mais que a própria vida
Sempre renascida em flor e formiga
Em seixo rolado, peito desolado
Coração de amante
Como a vida é forte em suas algemas
Como dói a vida quando tira a veste
Quando tira a veste de prata celeste
Como dói a vida como a vida
Como a vida ri a cada manhã
Do seu próprio absurdo
E a cada momento dá de novo a todos
Uma prenda estranha