Repertório de Alfredo Marceneiro
Toma lá colchetes d’oiro
Aperta o teu coletinho
Coração que é de nós dois
Deve andar 'conchegadinho
P’ra ficar mais lindo ainda
Teu coletinho de rendas
Aqui trago minha querida
Aqui trago minha querida
A mais modesta das prendas
Não quero que tu te ofendas
Não quero que tu te ofendas
Nem que tomes por desdoiro
Não te ofertar um tesouro
Não te ofertar um tesouro
Digno de teu coração
Mas dados por minha mão
Toma lá colchetes d’oiro
São minúsculas estrelas
Mas dados por minha mão
Toma lá colchetes d’oiro
São minúsculas estrelas
Que se perderam no ar
E a lua p’ra reavê-las
E a lua p’ra reavê-las
Pôs de atalaia o luar
Ainda as pude apanhar
Ainda as pude apanhar
No meu noturno caminho
E fiz delas com carinho
E fiz delas com carinho
Estes colchetes, portanto
Minha boneca de encanto
Aperta o teu coletinho
Se fores de noite à rua
Minha boneca de encanto
Aperta o teu coletinho
Se fores de noite à rua
Deves guardá-los com jeito
Não quero que a dona lua
Não quero que a dona lua
Toque ao de leve o teu peito
Que eu sempre guardei respeito
Que eu sempre guardei respeito
Pela grandeza dos sóis
Mas vim a saber depois
Mas vim a saber depois
E fiquei compenetrado
Que deve ser respeitado
Coração que é de nós dois
Os corações dos amantes
Que deve ser respeitado
Coração que é de nós dois
Os corações dos amantes
Só se conseguem prender
Com colchetes florantes
Com colchetes florantes
Dos que te vim oferecer
Mais tarde quando nascer
Mais tarde quando nascer
Do nosso amor, um filhinho
Na doçura deste ninho
Na doçura deste ninho
Nos dirá por sua vez
Coração que é de nós três
Deve andar 'conchegadinho
Coração que é de nós três
Deve andar 'conchegadinho